O Corinthians, seguindo uma nefasta rotina, voltou a decepcionar a Torcida Corinthiana. Perdeu, 2 x 1, com inteira justiça, pois o Internacional teve melhor performance. Mesmo, acredito, afastada a possibilidade de rebaixamento, é humilhante a situação do Corinthians, no Cenário Brasileiro.
Com 5 anos sem conquistas, e nas duas principais competições, Brasileiro e Libertadores, assistindo o Flamengo ter dois campeonatos brasileiros, 2019 e 2020 e e 2 Libertadores, 2019 e 2022. E nosso maior rival, Palmeiras, campeão Brasileiro em 2022 e, infelizmente, estando para conquistar o de 2023, além de 2 Libertadores, 2020 e 2021. Além de inúmeras conquistas de Copa do Brasil e Campeonatos regionais.
É esta herança que Augusto Melo vai assumir em 2 de Janeiro. Para piorar, com a maior dívida do futebol Brasileiro, cerca de R$ 1,7 Bilhão, constatada pelo provável futuro Diretor Financeiro, Rozallah Santoro. E como se não bastasse, termina 2023 com um elenco fraco e que, ainda vai perder, algumas peças importantes.
Augusto Melo, eleito de forma contundente, com praticamente 2/3 dos votos, vai ter muito trabalho e vai precisar de muita competência. E é preciso colocar a sua disposição, a possibilidade de escolha, de uma Diretoria a altura do que o Corinthians necessita.
O sistema eleitoral corinthiano e a limitação a poucos votantes, só associados com 5 anos de filiação tem direito a voto, cria um problema estrutural, que precisa ser vencido. Conceder aos associados, com no máximo 2 anos e meio de filiação, para terem direito a voto. As chapinhas, que é um sistema avançado, em relação aos antigos chapões (onde quem definia quem seria candidato era o “dono” e/ou candidato a presidente), precisa de aperfeiçoamento. Ela é “manca”, se não existir a possibilidade de 2 turnos para presidente. Estas eleições, mostraram a quase completa ausência de debates. Para grande número de eleitores, foi a escolha entre a continuidade ou rejeição do grupo Renovação e Transparência.
Para as próximas eleições, sugiro a continuidade das Chapinhas, mas introduzindo a sistema proporcional para eleição de seus membros. O número de eleitos de cada chapinha, seria o da porcentagem dos votos obtidos. Desta forma, todas as chapinhas estariam representadas no Conselho. E os suplentes, seriam das próprias Chapinhas.
Vamos discutindo estes aperfeiçoamentos e, também, avançar para uma necessária separação do Clube e o Futebol, quanto a seu gerenciamento e necessária autonomia para os 2 setores. Hoje, majoritariamente, a maioria dos conselheiros eleitos, apresentam propostas só para o Clube. Sendo que o futebol, e os mais de 30 milhões de corinthianos, que são a maior razão de grandeza do Corinthians, ficam em segundo plano. Erro primário, pois com o time vencedor, a possibilidades de melhorias patrimoniais, no Parque São Jorge, são infinitamente maiores.
Saudações Corinthianas
Cláudio Faria Romero Vila Maria
“O Corinthians precisa do Amor de todos os Corinthianos”